Aprenda como trazer os patrocinadores certos

Se você é dono de quadra, já sabe: lidar com cliente é quase um jogo à parte. Tem aquele cara que marca e desmarca em cima da hora, o grupo que atrasa sempre, o mensalista que esquece de pagar, o atleta que chega bravo porque perdeu a pelada... Faz parte.

Agora, pensa comigo: se até o cliente dá trabalho, imagina trazer uma empresa para colocar dinheiro na sua quadra? Não dá pra bater na porta de qualquer marca e achar que vai sair com patrocínio fechado. Tem empresa que combina, tem empresa que não tem nada a ver. Hoje eu vou te mostrar quais empresas realmente fazem sentido para quadras esportivas — e como usar isso a seu favor. Bora lá?

1. Conheça a rotina do atleta

Quer patrocinador fácil de visualizar? Comece pensando no que o jogador usa todo santo jogo:

• Bebidas esportivas (água, isotônico, energético)
• Academias que buscam alunos já ativos
• Fisioterapeutas e ortopedistas especializados em lesões esportivas

Exemplo real: uma quadra fechou patrocínio com uma clínica de fisioterapia. Além da faixa na lateral, a clínica oferecia desconto exclusivo aos jogadores. Resultado? Pacientes novos toda semana para a clínica e parceria de longo prazo para a quadra.

2. Comércio local: parceiros estratégicos

Outro caminho certeiro é olhar para quem já está no bairro. Empresas locais querem que a comunidade fale delas, e sua quadra é vitrine.

• Mercados e açougues: o jogador vai direto comprar carne pro churrasco pós-jogo
• Pizzarias e lanchonetes: ponto de encontro depois da pelada
• Barbearias: atleta gosta de chegar no jogo “na régua”

Exemplo prático: uma pizzaria do bairro fechou com uma quadra e criou promoções especiais em dias de campeonato. Virou tradição: jogo de fim de semana = pizza do patrocinador. Todo mundo ganhou.

3. Marcas maiores em busca de credibilidade local

Se você quer dar um passo maior, também existem empresas grandes que gostam de estar perto da comunidade esportiva:

• Bancos digitais (conta fácil, cashback)
• Operadoras de celular (jovens conectados)
• Marcas esportivas (camisas, chuteiras, bolas)

Exemplo real: uma operadora patrocinou campeonato de society bancando uniformes para os times. A quadra ganhou autoridade, a marca se aproximou do público e os atletas saíram no lucro.

4. Convencendo patrocinadores

Patrocínio não cai do céu. É preciso mostrar valor. O que funciona:

• História da quadra: quantos jogos por semana, quantas pessoas circulam por mês
• Impacto na comunidade: torneios, ações sociais, eventos
• Visibilidade real: faixa lateral, uniforme, Instagram da quadra

No fim, o empresário quer entender: “Se eu colocar meu dinheiro aí, vou ter cliente novo?” Sua missão é mostrar isso de forma clara, com números e propostas diretas, nada de jargão publicitário.

5. O que não funciona (e quase ninguém fala)

Nem todo negócio serve como patrocinador. Evite perder tempo com:

• Empresas de tecnologia ou consultorias sem ligação com o bairro
• Marcas que não precisam de público local

Não é impossível, mas as chances são baixas. Foque primeiro em quem realmente tem conexão com a vida do atleta.

Conclusão: aprenda a jogar o jogo

Ter patrocinadores não é só renda extra — é crescimento e estabilidade. Patrocínio é parceria, não favor. Quando você mostra que sua quadra é ponto de encontro da comunidade, atrai empresas que querem estar nesse ambiente vivo e fiel.

Resumo da jogada:

• Patrocinador bom é o que tem ligação direta com o atleta
• Negócios de bairro são aliados fortes
• Marcas grandes só entram se houver movimento e organização
• Evite empresas sem conexão com o público local

No fim, o jogo é esse: não peça patrocínio como favor, apresente a oportunidade de estar dentro da quadra, perto de quem consome. Essa é a jogada que dá certo. Bora jogar?